quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Camões

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Na verdade, esse é o meu poema preferido, o mais lindo do mundo, o do Mário Quintana é o meu segundo preferido.
P.S.: Ai, como eu tô poetisa! (Ok, ok, essa foi muito tosca, até pra mim. . .)
XOXO

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